Os processos de recrutamento e o inaceitável elegante

A forma como as empresas recrutam em Portugal está a meu ver enfermada de práticas ultra-ortodoxas.

Admito que não haja culpados em especial, mas a realidade é a que é: mais distorcida do que um solo de guitarra do Jimmy Hendrix.

Distorção 1 – O cisma sénior
“Procuramos alguém mais dinâmico”
Tantas vezes quer dizer “procuramos alguém mais novo.”

Distorção 2 – Quanto pior, melhor.
“Procuramos alguém mais empático”
Tantas vezes quer dizer: “Procuramos alguém que não venha com ideias e não nos questione”. É evidente a relevância da empatia, mas o que vale ela sozinha, se começarmos a desvalorizar a capacidade prática de resolver problemas.

Distorção 3 – O cisma da qualificação. “És overqualified”. O que significa por vezes: “És caro e possivelmente carregas contigo o risco de desemprego para os que te estão a contratar…”.

Distorção 4 – 100% do conhecimento necessário para um setor ser feliz está dentro do setor. Nada mais errado, na minha humilde forma de ver.

Isto, pode não ser politicamente correto, mas é tão verdade que até assusta. Como eu gostava de estar enganado…

Vamos mudar isto ?