Missão: Levar as boas práticas à prática

Na minha carreira conheci alguém muito inteligente. Com uma capacidade de trabalho sem igual. Rigoroso/a. Sempre em cima de todos os assuntos. Quase infalível.

Revelou-se também burocrata. Incapaz de deixar crescer as pessoas e de confiar nelas. Inábil em distinguir a materialidade dos assuntos e a colocar soft skills no seu dia-a-dia.

Dizia-se que era uma pessoa com um conhecimento enorme. Infelizmente, sem capacidade para pôr em prática grande parte do mesmo.

Muitas empresas e quadros comportam-se assim.As boas práticas estão documentadas. Em muitos casos fazem ciência e, como regra, são pacíficas para o comum dos mortais.

Aplicá-las é outro campeonato. Na nossa cultura de gestão, somos pródigos em contemporizar, procrastinar, desculpabilizar e relativizar. Algo que os países mais desenvolvidos fazem menos.

Um dia alguém me disse que isso é o que há que esperar de um latino: criatividade, boas ideias, superação. Mas também a incapacidade de ver o óbvio. E de fazer o óbvio.