A única empresa que conheço é horrível. Todas as outras são ótimas.

Há uns anos, assisti a uma conferência da Graça Machel (este post não é sobre ela). Estávamos no pico das Eólicas do Eng. Sócrates (este post não é sobre ele) e o nosso discurso era promover em Moçambique projetos na área da energia.

A dita senhora explicou algo cristalino: o Mundo não necessita apenas de boa energia e infraestruturas. Necessita de coisas mais básicas como comida e roupa.

Sempre resisti a confundir a exploração de uma boa oportunidade com a redução do mundo a essa oportunidade. Uma coisa boa não tem que ofuscar o resto. Tive oportunidade de discutir isso mesmo entre amigos, antes deste momento insólito que vivemos, a propósito de uma ideia de turismo sustentável, de elevado valor acrescentado e diferenciado. Que valorize o nosso território, em vez de o descaraterizar.

Neste ciclo de recuperação que vamos viver, assim que o País deixe de ser gerido por epidemiologistas, gostava muito que fosse possível apoiar mais a economia real e tradicional. Empresas que já existem, com história, e que pagam os impostos que nos compram camas em hospitais e secretárias nas escolas.

Podem não gerar parangonas. Não cabem nas web summits da vida. Mas é lá que está muito do emprego e parte não desprezável da criação de valor sustentável.