A propósito de… O custo de oportunidade e o “Executivo de Palco”

Um executivo C-Level é muito avaliado pela dimensão comunicacional: Inspira os outros? É uma referência na forma como fala, como escreve?

A ideia de um C-Level que só comunica é para mim um mito do século passado.
É que além da óbvia relevância que a comunicação tem, sempre acreditei que existem outras coisas tão ou mais importantes. E tantas vezes ignoradas.

Uma é a exemplaridade assente na ética. Temos que compreender se o Executivo:
1. É leal?
2. Chama a si os problemas e aos outros os louros?
3. Encara o erro como oportunidade de crescimento?
4. Dá um feed-back frontal e educado, em vez de dizer maravilhas à frente e horrores nas costas dos outros?

Mas a meu ver, há algo ainda mais determinante: a forma como gasta o tempo.
1. Chega a horas?
2. Gere bem a disponibilidade que tem para nos ouvir?
3. Faz discursos longos ou percebe porque tem dois ouvidos e uma só boca?
4. Usa parte do tempo para fazer crescer os que o rodeiam ou passa os dias a contemplar-se a si próprio?

O eloquente Jim Collins, autor de “From Good to Great”, chegou já há muito tempo à conclusão de que os corta-fitas mediáticos geram menos resultados no longo prazo.

Diz-me como gastas o teu tempo. Dir-te-ei quem és.