A grandeza sustentável – mito urbano

Tenho refletido sobre a pergunta-chavão dos processos de recrutamento que aborda skills de liderança. Algo que se questiona a um profissional é a capacidade de criar efeitos que perdurem para lá da sua saída.

Sempre acreditei que temos o dever de nos tornarmos prescindíveis. Pôr as coisas a funcionar sem nós.

Por muito que goste de imaginar que isto é assim, é-me evidente que não é. A grandeza “sustentável”, construída ao longo de anos, pode levar uns meses a destruir.

É assim ao nível macro (países). Quem se lembra dos anos pós-Mandela na África do Sul? E ao nível das organizações?

A ausência de sentido ético, competência e propósito, leva a uma destruturação mais rápida do que o tempo que levou a construir. Sem propósito, deixamos de lutar.

Substituir algo por coisa diferente leva mais tempo do que substituir algo por coisa nenhuma. Um padrão de muitas histórias de vida com que me cruzo.

Outcomes:
1) Luta pelos teus projetos como se a tua vida deles dependesse. Faz a diferença. 2) Quando sais, desliga. Se não tens poder, não podes.
3) Quando te vierem com a cartilha da grandeza sustentável, explica-lhes isto.

António Guterres diz que o Mundo tem enormes exemplos de liderança, infelizmente, longe dos centros de decisão. Pois tem.